Na verdade, essa máxima encontra-se, de um certo modo, defasada!
É óbvio que, para que haja interpretação, deve haver um acontecimento em torno do qual se possa predicar algo – isto a que chamamos de “fato”.
Todavia, imagino que Nietzsche, ao fazer tal afirmação, pretendia enfatizar o caráter de relacionalidade das coisas, e de como impregnamos através de nossas individualidades, as interpretações que fazemos dos fenômenos e das coisas.
Isso implica que, quanto mais ampla for nossa visão, mais lúcida será a interpretação que doamos as coisas a partir de nossas perspectivas.
E nos tornaremos aptos a interpretar o fato como algo mais próximo de uma verdade.
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